13 ago Cidades metropolitanas avançam para bilhetagem própria e repensam dependência do Trensurb
As cidades metropolitanas estão avançando na proposta de implementar sua bilhetagem própria, envolvendo o transporte de ônibus. O município de Novo Hamburgo já implementou um modelo onde a administração municipal se responsabiliza pela cobrança das tarifas e pela venda de bilhetes. O tema foi debatido durante reunião realizada nesta terça-feira, 13, do Fórum de Mobilidade da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal).
“A cidade de Esteio também está iniciando a bilhetagem própria no próximo dia 7 de setembro, e o município de Sapucaia também já está trabalhando para que em breve tenha sua própria bilhetagem”, comenta o secretário de Transporte e Mobilidade, Samuel Silva, novo coordenador do fórum.
Na pauta do encontro houveram também tópicos como o transporte público da região pós-enchente, principalmente em relação ao uso do trem e ao impacto na região. “A enchente deixou claro que as cidades da região metropolitana não podem depender exclusivamente do trem. O fato é que, hoje, não temos ligação direta dos municípios com a capital, sendo o Trensurb a única alternativa e sem previsão de retorno até a Estação Mercado”, comenta o novo coordenador.
Ficou acordado o pedido de uma reunião com o ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, para discutir as áreas impactadas pelas enchentes e a mobilidade na região. Questões relacionadas ao custeio das gratuidades, como para pessoas com mais de 65 anos, também serão tratadas para garantir o recebimento dos recursos.
Samuel Silva quer aumentar a participação e o engajamento dos outros municípios no Fórum de Mobilidade e buscar maior envolvimento nas decisões sobre o transporte metropolitano. “O fato de o transporte público ser um serviço essencial, assim como saúde, educação e segurança, está na nossa Constituição e exige que o governo federal olhe com mais atenção. Quero fortalecer o nosso fórum, trabalhar no transporte metropolitano e também ter uma voz mais forte junto ao governo federal para buscar recursos e custeio do transporte público nos municípios”, conclui o coordenador.