Região Metropolitana teme falta de estrutura para abertura de escolas

Região Metropolitana teme falta de estrutura para abertura de escolas

Líderes municipais da Região Metropolitana de Porto Alegre discutiram nesta terça-feira (29) os impactos da pandemia no sistema de ensino. Na avaliação da maioria dos prefeitos, vice-prefeitos e secretários reunidos, a rede municipal de educação ainda não está preparada para acolher as crianças. Em algumas cidades, há exemplos de escolinhas particulares que se recusam a voltar em virtude da falta de estrutura necessária.

Para a presidente da Granpal e prefeita de Nova Santa Rita, Margarete Ferretti, a dinâmica da retomada envolve discussões como o transporte escolar, a escuta da comunidade e os riscos à saúde. “Cada cidade tem o seu comitê e tem avaliado com critérios técnicos e de infraestrutura”, salienta.

Vice-prefeito de Esteio, Jaime da Rosa trouxe à pauta outro assunto que tem preocupado os gestores municipais: o mínimo necessário, constitucionalmente estabelecido, para se investir em educação. Em tempos de pandemia, as prefeituras não alcançarão o mínimo exigido. “Precisamos fazer esse diálogo com o Congresso para que os índices sejam revistos”, salienta.

A avaliação é compartilhada pelo prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon Maciel da Silva. Segundo ele, a flexibilização é necessária para que os gestores possam encerrar seus mandatos com tranquilidade e em conformidade. “Meu receio também é que a não abertura das escolas, em desarmonia com o Estado, possam acarretar em ações judiciais”, avalia.

Avanços da Granpal
Nas próximas semanas, a instituição abrirá licitação de compra coletiva para compra de material e alimentação escolar, contratação de serviço de hora máquina e aquisição de veículos. Com o trabalho, os municípios associados terão grande economicidade nas comprar consorciadas com as demais prefeituras. Em parceria com a Famurs, a Granpal também buscará recursos federais para qualificar as guardas municipais e patrimoniais.