01 out Região Metropolitana teme falta de estrutura para abertura de escolas
Líderes municipais da Região Metropolitana de Porto Alegre discutiram nesta terça-feira (29) os impactos da pandemia no sistema de ensino. Na avaliação da maioria dos prefeitos, vice-prefeitos e secretários reunidos, a rede municipal de educação ainda não está preparada para acolher as crianças. Em algumas cidades, há exemplos de escolinhas particulares que se recusam a voltar em virtude da falta de estrutura necessária.
Para a presidente da Granpal e prefeita de Nova Santa Rita, Margarete Ferretti, a dinâmica da retomada envolve discussões como o transporte escolar, a escuta da comunidade e os riscos à saúde. “Cada cidade tem o seu comitê e tem avaliado com critérios técnicos e de infraestrutura”, salienta.
Vice-prefeito de Esteio, Jaime da Rosa trouxe à pauta outro assunto que tem preocupado os gestores municipais: o mínimo necessário, constitucionalmente estabelecido, para se investir em educação. Em tempos de pandemia, as prefeituras não alcançarão o mínimo exigido. “Precisamos fazer esse diálogo com o Congresso para que os índices sejam revistos”, salienta.
A avaliação é compartilhada pelo prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon Maciel da Silva. Segundo ele, a flexibilização é necessária para que os gestores possam encerrar seus mandatos com tranquilidade e em conformidade. “Meu receio também é que a não abertura das escolas, em desarmonia com o Estado, possam acarretar em ações judiciais”, avalia.
Avanços da Granpal
Nas próximas semanas, a instituição abrirá licitação de compra coletiva para compra de material e alimentação escolar, contratação de serviço de hora máquina e aquisição de veículos. Com o trabalho, os municípios associados terão grande economicidade nas comprar consorciadas com as demais prefeituras. Em parceria com a Famurs, a Granpal também buscará recursos federais para qualificar as guardas municipais e patrimoniais.