Mobilidade urbana da Região Metropolitana é tema de debate

Mobilidade urbana da Região Metropolitana é tema de debate

As duplicações e concessões rodoviárias de interesse gaúcho, além da ativação de modais subaproveitados uniu prefeitos, vereadores, representantes do Estado e do Senado Federal na última sexta-feira (31). A discussão foi liderada pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) em parceria com o senador Luis Carlos Heinze na Câmara Municipal de Vereadores da Capital.

O presidente da Granpal e prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, falou da necessidade de continuar a duplicação da RS-118 e pôs em pauta obras importantes como as ERS 020, 030 e 040. “Mesmo sabendo das dificuldades do Estado, precisamos de uma solução para esse problema. A infraestrutura é vital para o desenvolvimento do Rio Grande”, pontuou.

Heinze explicou que o objetivo do encontro foi amadurecer demandas antigas e levar as reinvindicações aos órgãos competentes a fim de viabilizar as obras prioritárias. O parlamentar citou que todo o orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para o Rio Grande do Sul em 2019 seria suficiente apenas para a BR 448. “O Dnit tem previstos apenas R$ 680 milhões para cá. Precisamos fazer uma mobilização para que essas obras entrem na concessão”, destacou.

O diretor-executivo da Granpal, José Luis Barboza, endossa ainda questões que precisam ser amadurecidas como os gargalos locais e, principalmente, a mobilidade humana. “Mais de 3,9 mil ônibus circulam em Porto Alegre por dia, sem unidade e diálogo. Quem paga o preço são as pessoas”, enfatizou. Agora, a entidade irá formular um relatório pontuando todas as propostas que foram apresentadas no evento. O próximo passo será a busca de apoio e financiamentos para viabilizar cada uma das demandas.

 

Desperdício Público

O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, ressaltou a existência de um “monumento ao desperdício do dinheiro público” situado ao lado do Parque de Exposições Assis Brasil. “Um viaduto inacabado, que deveria ser o acesso principal entre a BR 448 e o bairro Novo Esteio. É uma construção que fica ao lado do maior parque de eventos do nosso Estado, onde acontece a maior feira do agronegócio do País e que liga nada, a coisa algum. Esteio é o único município que não conta com acesso oficial, previsto no projeto inicial da rodovia e precisamos concluir aquela obra. O que temos hoje é um acesso precário, sinuoso perigoso e sem iluminação e que não atende à necessidade do município, pois dificulta o acesso à BR 116 e á nossa cidade”, afirmou.